quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

... Pensamentos...


Ai a gente para e pensa naquelas coisas de sempre... A gente nasceu pra ser feliz, não foi não? Mas é que é tão mais fácil ser infeliz ás vezes... Dá muito menos trabalho. Para e pensa. Ser infeliz é muito fácil. Você senta e reclama e fala mal e não faz mais nada da vida. Agora experimenta ser feliz! Ser feliz dá um trabalho danado... A gente corre os riscos do amor, e sonha, e fantasia, e viaja... E foge no meio do dia sem esperar nada em troca, depois fica com aquela cara de boba...  E abraça sua avó tão forte que parece que ela vai até quebrar...

Para ser infeliz a gente não precisa correr os riscos dos sonhos frustrados... ou dos telefonemas não dados... das oportunidades perdidas... porque vivemos nelas pra sempre... OLHA QUE COISA SEM GRAÇA!

Sou assombrada pelos meus fantasma,pelo que é mítico e fantástico – a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite doe meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me.”
(Clarice Lispector)

Por que digo tudo isso? É que ás vezes a gente pede, mas não sabe receber. É eu ás vezes, sei lá por que, aquilo que era uma benção, passa a carregar um peso de responsabilidade tão grande que desconforta de um jeito ruim. E o que era pra ser só agradecimento passa a ser uma coisa que nem sei direito qual o nome.

É que ás vezes a agente é ingrato. E porque pediu a chuça e não acreditou que ela viesse, simplesmente não tinha se preparado para ela. E segue buscando sempre a mesma antiga desculpa para infelicidade de sempre, para o campo não arado, mas nem sabe fazer valer a oportunidade que teve.

É que às vezes a gente se acostuma com a dor. E prefere insistir no que é difícil, no que causa transtorno, no que não está pronto pra gente. Talvez porque sempre se vicie nessa coisa problemática e ruim.

Nem sei por que comecei a pensar nisso hoje. Mas é que ás vezes a gente recebe presentes e nem valoriza... assim. Porque não se julga merecedor do presente, de uma forma honesta que fosse.

Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... No amor, no trabalho, na vida.

Que o medo não tenha. Amém!
Extraído do blog serendipities

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