sábado, 28 de agosto de 2010

AMigos + que Amigos

meu anjo da guarda

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Palavras do Coração



As lágrimas mais amargas derramadas sobre os túmulos são as palavras não ditas e atos não realizados.
Harriet Beecher Stowe



A maioria das pessoas precisa ouvir alguém dizer “Eu te amo”. E há vezes em que ouve bem a tempo.
Conheci Connie no dia em que foi admitida na ala do sanatório onde eu trabalhava de voluntária. Seu marido, Bill, ficou perto, nervoso, enquanto ela era transferida da maca para o leito de hospital. Ainda que Connie estivesse no estágio final de sua lata contra o câncer, estava alerta e animada. Nós a acomodamos. Terminei de marcar seu nome em todos os suprimentos de hospital que ela usaria e perguntei se precisava de alguma coisa.
- Oh, sim – disse-, será que você poderia me mostrar como usar a televisão? Gosto tanto de novelas, que não quero perder o que está acontecendo.
Connie era uma romântica. Adorava novelas de TV, historias romântica e filme com uma boa historia de amor. Conforme fomos nos conhecendo, ela me confidenciou o quanto era frustrante ser casada há trinta e dois anos com um homem que freqüentemente a chamava de “boba”.
- Ah, eu sei que Bill me ama – disse -, mas ele nunca foi capaz de dizer que me ama, ou de mandar cartões.
Suspirou e olhou através da janela para as arvores no jardim.
- Faria qualquer coisa para ele falar “Eu te amo”, mas simplesmente não é do seu feitio.
Bill visitava Connie todos os dias. No começo, sentava-se ao lado da cama enquanto ela assistia às novelas. Depois, quando ela começou a dormir mais, ele andava de um lado para o outro no corredor do lado de fora do quarto. Logo, quando ela não via mais televisão e passava períodos menores acordada, comecei a passar a maior parte do tempo como voluntária com Bill.
Ele falava de quando trabalhava como carpinteiro e de como gostava de pescar. Ele e Connie ficou aproveitando a aposentadoria viajando, até que Connie ficou doente. Bill não conseguia expressar o que sentia sobre o fato de sua esposa estar morrendo.
Um dia, depois de tomar café na lanchonete, puxei uma conversa com ele a respeito de mulheres e de como precisamos de romance em nossas vidas, como adoramos receber cartões sentimentais e cartas de amor.
- Você diz a Connie que a ama? – perguntei (sabendo a resposta), ele me olhou como se eu fosse louca.
- Não preciso – disse- Ela sabe que a amo!
-Tenho certeza de que ela sabe – falei inclinando-me e tocando suas mãos ásperas de carpinteiro que seguravam a xícara como se fosse a única coisa à qual ele pudesse se agarrar. Mas ela precisa ouvir, Bill. Ela precisa ouvir o que significou para você durante todos esses anos. Por favor, pense nisso.
Voltamos para o quarto de Connie. Vil desapareceu lá dentro e eu fui visitar outro paciente. Mais tarde, vi Bill sentado ao lado da cama. Ele segurava a mão de Connie enquanto ela dormia. Era o dia 12 de fevereiro.
Dois dias depois eu estava andando pela ala do sanatório ao meio-dia. Lá estava Bill, apoiado contra a parede do corredor, olhando para o chão. Eu já soubera, através da enfermeira chefe, que Connie morrera às 11 horas.
Quando Bill me viu, permitiu que eu o abraçasse por um longo tempo. Seu rosto estava molhado de lágrimas e ele estava tremendo. Finalmente encostou-se de novo na parede e respirou fundo.
- Tenho que dizer algo – falou. – Tenho que dizer como me sinto bem por ter dito a ela. – Ele parou para assoar o nariz. – Pensei muito a respeito do que você me disse e, essa manhã, falei para ela o quanto a amava e como era maravilhoso estar casado com ela. Você deveria ter visto seu sorriso!
Entrei no quarto para me despedir pessoalmente de Connie. Lá, na mesa-de-cabeceira, estava um grande cartão de Dia dos Namorados que Bill lhe dera. Você sabe do tipo sentimental que diz: “Para minha esposa maravilhosa... Eu te amo!”

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nenhuma nação teve um amigo melhor
do que a mãe que ensinou seus filhos a orar.
Não meça a riqueza por aquilo que possui,
mas pelas coisas que são suas
e pelas quais não aceitaria nenhum dinheiro.

Uma das minhas lembranças favoritas

Rir é a melhor forma de se comunicar
Robert Fulghum


Quando comecei a sair com rapazes, com uns 18 anos, minha mãe sempre ficava acordada, me esperando chegar em casa. Assim que entrava no apartamento, ela ia comigo para meu quarto, sentava-se na cama e me fazia contar sobre o encontro. Normalmente, a essa hora, papai estava dormindo, mas nossa conversa chegava até o quarto deles, que era bem próximo. “Vocês duas vão ficar com esse papo até de manhã?”, ele reclamava. “Não podem esperar até amanhã para conversar?”
Minha mãe dizia para ele ficar quieto e voltar a dormir. Ele resmungava e ficava em silêncio por um tempo, mas depois recomeçava. “Lilian, volte para a cama. Quando ela estiver pronta para se casar com o rapaz, você faz todas essas perguntas.” Finalmente mamãe e eu nos dávamos um beijo de boa noite e ela voltava para o quarto para acalmar papai.
Meu pai, quando jovem, atuara como comediante e sapateador em espetáculos de variedades. Quando esse tipo de teatro acabou, seus sonhos em relação ao mundo das artes se acabaram também. Mas, ao longo dos anos, ele nunca perdeu a oportunidade de contar piadas, cantar ou sapatear um pouco. Era uma pessoa animada e expansiva, que sempre tinha um sorriso ou uma palavra amiga para todos.
Num fim de semana, minha mãe foi visitar uns parentes, e eu tinha um encontro no sábado à noite. Prometi a papai que não chegaria tarde demais e tentei convencê-lo de que não havia necessidade de me esperar acordado. O rapaz conheceu meu pai quando foi me buscar. Os dois se cumprimentaram e nós saímos.
Acontece que voltei mais tarde do que o prometido e, quando caminhava em direção à minha casa vi meu pai na janela do nosso apartamento no terceiro andar esperando por mim. Continuei conversando com o rapaz, tentando distraí-lo para que não visse meu pai, porque eu ficaria tremendamente sem graça. Logo que chegamos a porta do apartamento, despedi-me rapidamente e esperei até ouvir a porta do prédio fechar, antes de pegar a chave e entrar em casa.
Caminhando na ponta dos pés, via porta do quarto dos meus pais fechada. “Ótimo,” pensei, achando que meu pai fora dormir. Fiquei aliviada em não ter de lhe dar explicações sobre a hora tardia. Abri a porta do meu quarto, entrei e quase cai no chão.
Lá estava papai sentado na minha cama, com um largo sorriso e usando um dos vestidos de mamãe. O cabelo estava eriçado para cima e as pernas cruzadas. Com uma mão no joelho e outra no quadril, ele começou a falar com uma voz fina:
- Então, como foi o encontro? O que ele disse e o que você disse? Aonde foram jantar? Foram ao cinema? Vão se ver de novo? Aliás, em que ele trabalha? Ele tratou você bem? Espero que tenha sido um cavalheiro. Você acha que ele tem intenções sérias?
- Papai, calma, uma pergunta de cada vez. Foi apenas nosso terceiro encontro.
- Quero todas as informações que sua mãe tem quando você fala com ela.
Devemos ter conversado e rido por quase uma hora. Finalmente, eu disse:
- Hora de dormir, de manhã a gente conversa. Quem está cansada agora sou eu.
Papai me deu um abraço, um beijo de boa noite e me disse:
- Temos que os lembrar de todos os detalhes para contar à sua mãe quando ela chegar, para ela não achar que ficou de fora.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O grande dom da minha mãe


O otimismo é uma disposição alegre que permite que um bule de chá assovie apesar de estar com água quente até o nariz.


Eu tinha dez anos de idade quando minha mãe teve paralisia, causada por um tumor na espinha dorsal. Antes disso ela havia Sido uma mulher vibrante e vigorosa, de tal maneira ativa que a maioria das pessoas achava impressionante. Mesmo quando era pequena, eu ficava admirada com suas realizações e por sua beleza. Porém, quando tinha trinta e um anos, sua vida mudou. Assim como a minha.
Do dia para noite, parecia, ela passou a ficar deitada de costas em uma cama de hospital. Um tumor benigno a havia incapacitado, mas eu era jovem demais para compreender a ironia da palavra “benigno”, pois ela nunca mais seria a mesma.
Ainda tenho imagens vividas dela  antes da paralisia. Ela sempre foi gregária e recebia muitas vistas. Com freqüência passava horas preparando canapés e enchendo a casa de flores, que colhia frescas no jardim cultivado ao lado de casa. Selecionava as musicas populares da época e rearrumava a mobília a fim de abrir espaço para que os amigos pudessem se entregar à dança. Na realidade, era minha mãe quem mais gostava de dançar.
Hipnotizada, eu a observava se vestir para as festividades noturnas. Mesmo hoje em dia ainda lembro de nosso vestido favorito, com sua saia preta e corpete de renda azul-marinho, o contrates perfeito para o seu cabelo loiro. Fiquei tão emocionada quanto ela no dia em que trouxe para casa sapatos de salto alto de renda preta e, naquela noite, minha mãe certamente era a mulher mais linda do mundo.
Eu acreditava que ela podia fazer qualquer coisa, fosse jogar tênis (ganhara campeonatos na universidade), costurar (fazia todas as nossas roupas), tirar fotografias (ganhou um concurso nacional), escrever (era colunista de um jornal), ou cozinhar (especialmente pratos espanhóis para meu pai).
Agora, apesar de não poder fazer nenhuma dessas coisas, ela encarava sua doença com o mesmo entusiasmo que tinha em relação a tudo mais.
Palavras como “deficiente” e “fisioterapia” tornaram-se parte de um estranho mundo novo no qual entramos juntas, e as bolas de borracha para crianças que ela esforçava para apertar adquiriram um simbolismo que jamais haviam possuído. Gradualmente, passei a ajudar nos cuidados com a mãe que sempre cuidara de mim. Aprendi a cuidar do meu próprio cabelo e do dela. Eventualmente, tornou-se rotina levá-la na cadeira de rodas até a cozinha, onde ela me ensinava a arte de descascar cenouras e batatas e como esfregar alho e sal e pedaços de manteiga em uma boa carne assada.
Quando, pela primeira vez, ouvi falarem em uma bengala, opus-me:
- Não quero que a minha linda mãe use uma bengala.
Mas a única coisa que ela disse foi:
- Não é melhor você me ver usando uma bengala do que não me ver andando de maneira alguma?
Cada conquista era um marco para nós duas: a maquina de escrever elétrica, o carro com câmbio e frios automáticos, sua volta à universidade, onde se diplomou em educação especial.
Ela aprendeu tudo o que podia sobre as pessoas deficientes e acabou fundando um grupo ativista de apoio chamado Os Incapacitados. Certo dia, sem ter falado muito de antemão, ela me levou e a meus irmãos a uma reunião dos Incapacitados. Eu nunca vira tantas pessoas com tantas deficiências. Voltei para casa, silenciosamente introspectiva, pensando em como nós realmente tínhamos sorte ela nos levou muitas vezes depois disso e, eventualmente, a visão de um homem ou uma mulher sem pernas ou braços não nos chocava mais. Minha mãe também nos apresentou a vitima de paralisia cerebral, enfatizando que a maioria era tão inteligente quantos nós – talvez mais.
E nos ensinou a nos comunicar com os retardados mentais, mostrando como eles eram freqüentemente mais afetuosos, comparados às pessoas normais. Durante tudo isso, meu pai continuou a amá-la e apoiá-la.
Quando eu estava com onze anos, minha mãe me contou que ela e papai iriam ter um bebe. Muito depois, eu soube que os seus médicos tinham insistido para que ela fizesse um aborto (terapêutico) – uma opção à qual ela resistiu veementemente. Logo, éramos mães juntas, já que virei mãe adotiva da minha irmã, Mary Therese. Em pouquíssimo tempo aprendi a trocar fraldas, banhá-la e alimentá-la. Ainda que mamãe tenha mantido a disciplina maternal, para mim foi um passo gigantesco além das brincadeiras com bonecas.
Um momento se destaca mesmo hoje em dia: o dia em que Mary Therese, na época com dois anos, cai e esfolou o joelho, abriu-se em prantos e passou correndo pelos braços estendidos de minha mãe para os meus. Tarde demais, eu vislumbrei a faísca de dor no rosto de mamãe, mas tudo o que ela disse foi:
- É natural que ela corra para você, pois você toma conta dela tão bem...
Como minha mãe aceitava sua condição com tanto otimismo, raramente me senti triste ou ressentida. Mas nunca irei esquecer o dia em que minha complacência foi destruída. Muito tempo depois da imagem de minha mãe em salto agulha ter se dissipado da minha consciência, houve uma festa em nossa casa. A essa altura eu era adolescente, e vi  minha sorridente mãe sentada na lateral, olhando seus amigos dançarem, e fui atingida pela cruel ironia de suas limitações físicas. Subitamente, fui transportada de volta à época de minha primeira infância e a visão de minha mãe dançando radiante estava novamente diante de mim.
Imaginei se minha mãe se lembraria também. Espontaneamente, andei em sua direção e então vi que, apesar de estar sorrindo, seus olhos estavam marejados de lágrimas. Corri para fora do aposento e para o meu quarto, enterrei meu rosto no travesseiro e chorei copiosamente – todas as lágrimas que ela jamais chorara. Pela primeira vez, eu me enraivei contra Deus e contra a vida e suas injustiças para com a minha mãe.
A lembrança do sorriso brilhante da minha mãe permaneceu comigo. Daquele momento em diante, enxerguei sua habilidade de superar a perda de tantas batalhas anteriores e seu ímpeto em olhar para frente – coisas que eu tomava por certas – como um grande mistério e uma poderosa inspiração.
Quando eu estava crescida e comecei a trabalhar com o sistema penal, mamãe se interessou em trabalhar com os prisioneiros. Ela telefonou para a penitenciária e pediu para dar aulas de Redação Criativa para os detentos. Lembro-me de como eles se amontoavam em volta dela sempre que ela chegava e pareciam se agarras a cada palavra sua, como eu fizera na infância.
Mesmo quando não podia mais deslocar até a prisão, ela frequentemente se correspondia com vários detentos.
Um dia pediu-me para enviar uma carta para um prisioneiro, Waymon. Perguntei se poderia lê-la antes e ela concordou, sem perceber, eu acho, o quanto aquilo seria revelador pra mim.
Dizia:
Querido Waymon,
Quero que saiba que tenho pensado em você com freqüência desde que recebi sua carta. Você mencionou como é difícil estar preso atrás das grade e meu coração se une ao seu. Mas quando você disse que eu não imagino o que é estar na prisão, senti-me compelida a dizer-lhe que está errado.
Existem diferentes tipos de liberdade, Waymon, diferentes tipos de prisão. Às vezes, nossas prisões são auto-impostas.
Quando, com a idade de trinta e um anos, levantei-me um dia para descobrir que estava completamente paralisada, senti-me em uma armadilha – dominada pela sensação de estar presa dentro de um corpo que não mais me permitiria correr através de uma campina, danças ou carregar minha filha nos braços.
Fiquei deitada ali durante muito tempo, lutando pata chegar a um acordo com a minha enfermidade, tentando não sucumbir à auto piedade. Perguntei-me se, na verdade, valeria a pena viver nessas condições, se não seria melhor morrer.
Pensei a respeito desse conceito de prisão, pois me parecia que havia perdido tudo o que importava na vida. Eu estava próxima do desespero.
Mas, então, um dia me ocorreu que , na realidade, ainda havia opções abertas para mim e que eu tinha liberdade de escolher entre elas. Será que eu iria sorrir quando visse meus filhos de novo, ou iria chorar? Iria zangar-me com Deus, ou iria pedir que Ele fortalecesse minha fé?
Em outras palavras, o que iria fazer com o livre-arbítrio que Ele havia me dado e que ainda era meu?
Tomei a decisão de lutar, enquanto estivesse viva, para viver o mais plenamente possível, para procurar tornar minhas experiências aparentemente negativas em experiências positivas, procurar formas de transcender minhas limitações físicas expandindo minhas fronteiras mentais e espirituais. Eu podia escolher entre ser um exemplo positivo para meus filhos ou podia murchar ou morrer  emocionalmente, assim como fisicamente.
Existem muitos tipos de liberdade, Waymon. Quando perdemos um tipo de liberdade, temos que simplesmente procurar outro.
Você e eu somos abençoados com a liberdade de escolher entre bons livros, que iremos ler, quais deixaremos de lado.
Você pode olhar para suas grades ou pode olhar através delas. Você pode ser um exemplo para os outros prisioneiros mais jovens ou pode se misturar com encrenqueiros. Você pode amar a Deus e buscar conhecê-lo ou pode virar as costas para Ele.
Até certo ponto, Waymon, estamos nisso juntos.”

Quando finalmente terminei de ler a carta, minha visão estava borrada por lágrimas. Ainda assim, pela primeira vez, eu enxerguei minha mãe com clareza.
E eu a entendi.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Deixando escapar uma grande garota.


Você nunca perde amando. Sempre perde deixando de amar.

Não vou esquecer do dia em que vi pela primeira vez a garota dos meus sonhos. O nome dela era Susie Summers. Seus olhos estavam sempre brilhando, cheios de entusiasmo, e seu lindo sorriso fazia as pessoas que o recebiam (especialmente os rapazes) se sentirem muito, muito especiais.
Apesar de sua beleza incrível, é do seu jeito carinhoso que eu sempre vou me lembrar. Ela realmente se importava com os outros e era uma ouvinte muito atenta. Seu senso de humor era capaz de tornar o dia mais bonito e suas palavras exatamente aquelas que você precisava ouvir. Susie não só era admirada, mas genuinamente respeitada tanto pelos meninos como pelas meninas. Com tudo para ser metida, ela era extremamente modesta.
Nem preciso dizer que Susie era o sonho de qualquer cara. Especialmente o meu. Eu a levava ate a sala de aula todo dia e até almocei sozinho com ela uma vez. Nesse dia eu me senti no topo do mundo.
Eu pensava: “Ah, se eu pudesse ter uma namorada como a Susie, nunca mais olharia para outra mulher.” Mas eu disse a mim mesmo que uma menina assim tão maravilhosa provavelmente estava saindo com um cara muito melhor do que eu. Mesmo sendo o presidente da associação dos alunos, eu simplesmente sabia que não tinha nenhuma chance.
Então, na formatura, eu disse adeus à minha primeira grande paixão.
Um ano depois, encontrei a melhor amiga dela em um shopping e almoçamos juntos. Engasgado, perguntei a ela como estava a Susie.
     - Bom, ela esqueceu você - foi a resposta.
     - Do que você está falando? – perguntei.
     - Você foi muito cruel, enrolando a Susie daquele jeito, sempre fazendo ela pensar que estava interessado. Lembra daquela vez que você almoçou com ela? Susie ficou do lado do telefone o fim de semana inteiro. Tinha certeza de que você ia ligar convidando-a para sair.
     Eu tinha tanto medo de ser rejeitado que nunca me arrisquei a dizer para ela o que sentia. E se eu tivesse convidado Susie para sair ela tivesse dito não? Qual a pior coisa que poderia ter acontecido? Eu não teria saído com ela. Sabe de uma coisa? Eu não saí com ela de qualquer maneira. E o pior é que eu poderia ter saído.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Canção para um grande amor

Mas agora vai 
Deixa o vento te seduzir 
Deixa o novo sonho te invadir 
E não volte nunca mais aqui pra me esperar 
Agora vai 
Lança teu destino em outro mar 
Não recues nunca pra ancorar 
Nunca pra duvidar 
Deixa o sol queimar a tua pele 
Deixa o céu forrar a tua cama 
Deixa amanhecer tua chama, teus desejos 
Mas agora vai 
Porque há vida em outra dimensão 
Porque há paz no outro coração 
Por que com a gente não! 
Por que com a gente não? 
Agora vai 
Buscar os novos horizontes 
Pousar no colo de outros ombros 
Saciar a sede do teu corpo louco 
Deixa o sol queimar a tua pele 
Deixa o céu forrar a tua cama 
Deixa amanhecer tua chama, teus desejos 
Deixa o sol queimar a tua pele 
Deixa o céu forrar a tua cama 
Deixa amanhecer tua chama, teus desejos 
Vai pra sempre vai 
ser feliz é uma estrada sem fim 
Tens a força que eu nunca atingi 
Tens a dor mas ainda sei que tens a mim 
Deixa o sol queimar a tua pele 
Deixa o céu forrar a tua cama 
Deixa amanhecer tua chama, teus desejos 
Deixa o sol queimar a tua pele 
Deixa o céu forrar a tua cama 
Deixa amanhecer tua chama, teus desejos 
Deixa o sol queimar a tua pele 
O céu forrar a tua cama 
Tua chama, teus desejos 
Deixa o sol queimar a tua pele ... 

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O que é importante na vida?

O importante na vida é como tratamos uns aos outros

Durante todo o primeiro ano do ensino médio, fiquei esperando a Noite de Calouros, uma espécie de retiro organizado pelo colégio onde as calouras podiam conversar abertamente sobre suas vidas, interesses e problemas. Foi ótimo poder dividir meus medos e anseios com outras meninas, falar sobre os estudos, os amigos, e principalmente, sobre os meninos.
Voltei para casa me sentindo ótima. Tinha certeza que aprendera muito sobre as pessoas naquele encontro. Decidi colar os papeis e os bilhetes que tinha recebido no retiro na minha agenda, que é onde guardo algumas coisas de que mais gosto. Sem pensar muito, coloquei a agenda em cima da cômoda e terminei de desfazer as malas.
Comecei a semana cheia de esperança. Mas, ao contrario do que esperava, os dias seguintes do retiro foram um desastre. Uma amiga me magoou, tive uma com a minha mãe e tirei uma nota baixa em inglês. Para completar, estava me sentindo feia e não sabia o que vestir no baile de fim de ano.
Eu chorava todas as noites até cair no sono. Tinha imaginado que o retiro teria um impacto maior sobre a minha vida, me ajudando a ficar livre de todo estresse. Mas comecei a achar que tinha sido apenas um alivio temporário.
Acordei na manhã de sexta-feira com o coração pesado e de mal humor. Também estava atrasada. Vesti a roupa depressa e, quando bati a gaveta, minha agenda caiu de cima da cômoda e tudo o que estava dentro dela se espalhou pelo chão. Quando me ajoelhei para catar às coisas, uma folha de papel dobrada chamou minha atenção.
Abri e li:
A vida não é um placar. O importante não é quantas pessoas telefonam para você, nem com quem você saiu ou está saindo. Também não importa se você nunca namorou ninguém. O importante não é quem você beijou, que menino ou menina você gosta. O importante não são seus sapatos, nem seus cabelos, nem a cor da sua pele, nem onde você mora, que esporte pratica ou o colégio que freqüenta. Na verdade, o importante não são suas notas, seu dinheiro, suas roupas ou se passou ou não para faculdade. Na vida, o importante não é ser aceito pelos outros, não é ter muitos amigos ou estar sozinho. Na vida, nada disso é importante.
O importante na vida é quem você ama e quem você fere. É como você se sente em relação a você mesma. É confiança, felicidade e compaixão. É ficar do lado dos amigos e substituir o ódio por amor. O importante na vida é evitar a inveja, não querer o mal dos outros, superar a ignorância e construir a confiança. É o que você diz e o significado de suas palavras. É gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que têm. Acima de tudo, é escolher usar a sua vida para tocar a vida de outra pessoa de um jeito que a fará mais feliz. O importante na vida são essas escolhas.

Naquele dia eu me dei super bem na prova de inglês. No fim da semana me reconciliei com a minha amiga e tive coragem para telefonar para o menino de quem eu gostava. Passei mais tempo com a minha família e me esforcei para dar atenção a mamãe. Cheguei ate a encontrar um vestido lindo para a festa e me diverti muito. E tudo isso não aconteceu por sorte ou milagre. Foi por causa de uma mudança de sentimento e de atitude da minha parte. Percebi que algumas vezes bastava eu me sentar e lembrar das coisas realmente importantes na vida – como as que aprendi na Noite das Calouras.
Este ano estou me preparando para um novo retiro, agora como veterana. Mas guardo ainda aquele bilhete na minha agenda. Para eu poder relê-lo sempre que precisar lembrar o que é realmente importante na vida.

Sucesso





O que é sucesso?
Rir sempre e muito.
Ganhar o respeito de pessoas inteligentes,
E a afeição das crianças.
Ganhar a apreciação de críticos honestos,
E suportar a traição dos falsos amigos.
Apreciar a beleza.
Encontrar o melhor nos outros.
Deixar o mundo um pouco melhor,
Seja com uma criança saudável, um pequeno jardim.
Ou uma condição social redimida.
Saber que pelo menos uma vida respirou
Com mais facilidade porque você viveu
Isso é ter sucesso.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Boas maneiras


A cansada ex-professora se aproximou do balcão do supermercado. Sua perna esquerda doía, e ela esperava ter tomado todos os comprimidos do dia: para pressão alta, tonteira e um grande número de outras enfermidades.
“Graças a deus eu me aposentei há vários anos” – ela pensou. “Não tenho energia para ensinar hoje em dia.”
Imediatamente antes de se formar a fila para o balcão, ela viu um rapaz com quatro crianças e uma esposa, ou namorada, grávida. A professora não pôde deixar de notar a tatuagem em seu pescoço.
“Ele esteve preso” – pensou
Continuou a observá-lo. Sua camiseta branca, cabelo raspado e calças largas levaram-na a conjecturar:
“Ele é membro de uma gangue.”
A professora tentou deixar o homem passar na sua frente.
- Você pode ir primeiro – ofereceu.
- Não, a senhora primeiro – ele insistiu.
- Não, você está com mais gente – disse a professora.
- Devemos respeitar os mais velhos – defendeu-se o homem.
E, com isso, fez um gesto largo indicando o caminho para a mulher.
Um breve sorriso adejou em seus lábios enquanto ela mancou na frente dele. A professora que existia dentro dela não pôde desperdiçar o momento e, virando-se para ele, perguntou:
- Quem lhe ensinou boas maneiras?
- A senhora, Sr. Simpson, na terceira série.

Criando raízes


Nossa força vem de nossas fraquezas.

Quando eu era pequeno, tinha um velho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum medico que eu jamais houvesse conhecido. Todas às vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com o seu chapéu – velho, amarrotado e bastante gasto. Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.
Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.
O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do “sem sofrimento não há crescimento”. Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional. Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.
Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas devem ser apreciadas.
Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou! Perguntei-lhe porque fazia isso e ele disse que era para chamar atenção da árvore.
O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Sai de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. Árvores maricas.
Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam.
Todas as noites, antes de ir dormir dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles. Freqüentemente rezo por eles. Rezo principalmente para que tenham vidas fáceis: “Senhor, poupe-os do sofrimento.” Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração.
Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meus filhos irão encontrar dificuldade e minha oração para que isso não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.
Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou rezar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno.
Muitas vezes rezamos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar. O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.

Ilusão


Já fomos um só, dois totais estranhos beijando o luar, nos apaixonamos entre as noite, de muitos amantes e algumas lágrimas.
Mas será que o destino suportará?
Cada gota de chuva que cai no meu rosto, me faz relembrar os seus carinhos, abrindo uma luz no meio da escuridão.
O sussurro do vendo também me lembra você, falando baixinho em meu ouvido, coisas que até o próprio coração desconhece.
Nos nossos beijos apaixonados, eu sair d órbita por ai indo em direção ao espaço.
Em algum lugar, perdi uma parte da memória.
De repente, o tempo dá uma parada. Engraçado como as lembranças persistem.
Hoje, percebo que me envolvi numa profunda ilusão, tudo fantasia, nada real!

Na procura daquilo que me traga um pouco de paz interior, luto para ser um pouco mais daquilo que represento, para poder deixar em cada momento que vido marcas de saudade, recordação e felicidades.
Aproximo-me dentro de minhas afeições, procurando entender o sentimento humano, busco forças para enfrentar  as distancias, as saudades, as sensações e do sofrimento, quero que saia de mim algo que se revele de maneira que não possa ser comparado com as impurezas do mundo.
Quero ser para você, aquilo que sempre quis ser para alguém que amo.
E eu vivo lutando e desejando algo que um dia possa trazer paz para esquecer as atitudes de insensatez.
Eu procuro um sentimento, a qual ninguém jamais compreenderá.

Despedida

O silêncio das palavras não é comparado às lagrimas do coração.
Palavras tão doces, que destroem ilusões, acabam com os sentimentos.
Não podia olhar para ele, não queria magoá-lo.
Desejava que tudo fosse um sonho para poder acordar e não vê-lo chorar.
No ombro dele encostei, para molhar com minhas lágrimas o homem que não amei.
O medo de magoá-lo cortou meu coração tão frio ao vê-lo calado, diante de minha imagem.
Me senti horrível, e abracei-o.
Ele declarou-se meu amigo, e chorei
Era impossível não amá-lo, e eu não amei.
Não podia continuar, pois amá-lo não conseguiria.
Me despedi e não agüentei, chorei, pois amá-lo queria!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010



O importante não são quantas pessoas telefonam para você, nem com quem você saiu ou está saindo.
Não são seus sapatos, nem seus cabelos, nem a cor da sua pele, nem onde você mora, que esporte você pratica ou o colégio que freqüenta.
O importante não são suas notas, seu dinheiro, suas roupas ou se passou no vestibular.
Na vida, o importante não é ser aceito ou não pelos outros.
Na verdade, o importante é quem você ama e quem você fere, é como você se sente em relação a você mesmo, é a confiança, felicidade e compaixão, é ficar do lado dos amigos e substituir o ódio por amor.
É o que você diz e o significado de suas palavras. É gostar das pessoas pelo que elas são e não pelo que têm, fingem ou pretendem ser, isso é importante.





Não vou dizer que foi irrelevante, pois todo mundo sabe que não foi.
Eu dei uma chance ao impossível e acabei duas vezes mais presa nos próprios ciclos que eu mesma construí.
Eu errei muitas vezes, mas se você for me julgar pelo que eu me arrependo, você não vai conseguir ver o melhor de mim.
Eu realmente não entendo como tudo isso foi parar nessa bagunça, mas parou.
Hoje o que restam são suas indiretas e a minha magoa.
Eu não me importo com suas roupas, nem nada disso que você Poe em um pedestal de cristal, não acho que isso vá ajudar em nada.
Muito menos se fingir de indiferente, pois até onde eu sei era você mesmo que dizia que isso era estúpido.
Eu só não sei como me sentir com tudo isso, eu usei todas as minhas cartas para não perder sua amizade, só que parece que tudo o que eu fiz não foi suficiente para preencher seu egoísmo e sua infantilidade.
Então eu desisto, porque amor aqui é a ultima coisa que eu vou achar.



Eu te amo de um jeito tão impossível, que é como se eu nem te amasse.


Você pode ter mil amores, mas só um realmente vai fazer falta.
Geralmente esse estava todo o tempo ao seu lado e você não via, ou, se via não sabia que necessitava tanto dele.
Entre todos os seus amores, a maioria você vai descobrir que amava porque queria que sonhos se realizassem...
Planos se concretizassem, vendo apenas nessa pessoa a possibilidade de realizá-los, concretizá-los!
Às vezes você acha que ama alguém, quando na verdade você ama a história que uniu vocês.
E quando ela acaba, quando ela passa o que acontece?
Você vive de passado, se prendendo a ele e a quem fez parte dele!
Às vezes ama alguém por vê-lo como uma conquista. Como um objeto de valor que todo mundo gostaria de ter...
Mas, às vezes você nem ama, só deseja (e nem sabe), que por sorte e por merecimento você tem!
É difícil, porém, você amar alguém por esse alguém lhe amar, é aquela velha historia...
“Quem eu quero, não me quer! E quem me quer, eu não quero!”
E porque isso, de tudo isso?
Porque essa pessoa não lhe ofereceu uma história bonita, e nenhum momento ela lhe fez falta.
Raramente você teve sonhos que coubessem a ela, ou planos.
Porque você não teve que lutar por ela...
Porque ela não te fez chorar...
Porque ela esteve ao seu dispor, enfim...
O amor chega de outra direção... E não é de repente!
Ele não surge, ele acorda, se desperta!
Ele não vai lhe deixar a maior parte do tempo triste se algo chato acontecer, pelo contrario... Cada minuto será especial e lhe dará mais motivos para sorrir, superando os motivos para ficar triste.
Não procure por um amor, espere.
Não prenda ninguém, quando se ama mesmo, no amor não existe posse... Existe companhia!
Disponha dos que vierem, não despreze quem não quer e não chore por um fim.
Um verdadeiro amor, essencial, começa bem, mas não termina bem, não termina bem...
Porque nunca tem fim.