segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma folha



Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva da menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Entregou-me um afolha de papel liso e me disse:
- Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora – voltou a dizer-me – Deixe- a como estava antes.
É óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto que vou perder o controle, lembro-me deste papel amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível apagar.
Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.
  
Alguém disse, certa vez:
“Faça com que suas palavras
Sejam tão suaves como o silêncio.”

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