quarta-feira, 28 de julho de 2010

Afinidade...



Afinidade não é o mais brilhante, mas é o mais útil, delicado e penetrante dos sentimentos. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, a distancia, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o dialogo, a conversa, o afeto, no exato ponto onde foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediante a vida. É a vitória do adivinhado sobre o real, do permanente sobre o passageiro, do básico sobre o superficial.
Ter afinidade e muito raro, mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Ela existia antes do conhecimento, erradia durante e permanece depois que as pessoas deixam de estar juntas.
Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam. É saber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento. É olhar e perceber.
Afinidade é um sentimento singular, discreto e independente. Pode existir a quilômetros de distância, mas é adivinhado na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Afinidade é retomar a relação no momento em que parou. Porque o tempo e a separação nunca existiram. Foi apenas a oportunidade dada pelo tempo, para que a maturação pudesse ocorrer e que cada pessoa pudesse ser cada vez mais feliz.


“Podre de quem estando diante de uma luz, não vê a claridade e procura encontrar alguma mancha negra dentro dela.”

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